Estudo detalhado do Apocalipse de Jesus Cristo e de toda a Sagrada Escritura. Jesus Cristo fez questão de revelar e preservar o Apocalipse. Como servos dele, devemos dar importância a este livro, assim como damos a todas as outras Escrituras. O Apocalipse, certamente, apresenta alguns desafios especiais para os leitores modernos, mas não devemos fugir de sua mensagem só porque encontramos algumas dificuldades. A intenção deste estudo é de ajudar cada Cristão a adquirir uma compreensão básica do significado do Apocalipse e de toda a Biblia Sagrada.

29 junho 2012

Vocês Sabem das Suas Obras!

O que mudou em sete semanas? Na cidade de Jerusalém, a multidão insistiu na morte de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Na mesma cidade, sete semanas depois, 3.000 pessoas foram batizadas e assumiram a posição de servos deste mesmo Jesus. Nos meses seguintes, milhares de outros tomaram a mesma decisão na mesma cidade. Como foi possível um começo tão forte do cristianismo no mesmo local da rejeição de seu fundador?
Alguém poderia imaginar que a resposta vem da eloquência de Pedro e os demais apóstolos, mas nenhum comentário nas Escrituras apoia esta conclusão. Sem dúvida, as manifestações milagrosas do Espírito Santo contribuíram ao crescimento inicial, mas estes sinais por si não seriam suficientes para manter tantos discípulos no caminho. Uma chave importante se encontra na pregação de Pedro em Pentecostes: “Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis” (Atos 2:22). Eles sabiam dos milagres feitos por Jesus. Além dos argumentos apresentados por Pedro, as obras realizadas por Jesus durante os anos anteriores serviam como prova das suas afirmações.
Mesmo as pessoas de outros países que chegaram a Jerusalém para participar da Páscoa e ficaram até Pentecostes tiveram sete semanas neste intervalo para ouvir sobre as obras de Jesus e investigar a validade dos relatos. Alguns comentários no registro do evangelho escrito por João salientam o significado desta oportunidade. Situada a 3 ou 4 km de Jerusalém foi a aldeia de Betânia. Poucos dias antes de Pentecostes, Jesus realizou em Betânia um dos seus milagres mais notáveis: ele ressuscitou Lázaro quatro dias depois da morte deste amigo do Senhor (João 11:43-45). Este milagre teve tanto impacto que os líderes convocaram uma sessão extraordinária do Sinédrio para discutir o problema que esta evidência causou (João 11:47-48).
Além deste milagre em Betânia, Jesus havia realizado inúmeros sinais nas regiões próximas a Jerusalém. Em questão de dois ou três dias, uma pessoa saindo de Jerusalém poderia chegar a qualquer lugar onde ele passou durante seu ministério. Alguns que participaram da morte de Jesus sete semanas antes de Pentecostes chegaram a crer que ele é o Cristo, o Filho de Deus. Para eles, como para várias outras pessoas que presenciaram os sinais durante o ministério de Jesus, a evidência foi convincente. Nicodemos disse a Jesus alguns anos antes: “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (João 3:2).
Mas muitos ainda não creram. Até alguns judeus que andavam na Galileia e na Judeia durante a vida de Jesus, vendo os sinais de primeira mão, não se converteram. João explicou que o problema não estava na força das evidências, mas na predisposição das pessoas. Não agiram conforme estas provas “porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus” (João 12:43).
Durante as décadas seguintes, os defensores do evangelho desafiavam seus ouvintes a investigarem as evidências falando com as testemunhas ainda vivas. Lucas cita as testemunhas oculares como evidência da veracidade do seu relato do evangelho (Lucas 1:1-4). Vinte anos depois da pregação de Pedro em Pentecostes, Paulo defendeu a doutrina fundamental do cristianismo, a ressurreição de Jesus, citando nomes de algumas testemunhas e comentando ainda sobre outras testemunhas: “mais de quinhentos irmãos..., dos quais a maioria vive até agora” (1 Coríntios 15:5-6).
O fato impressionante destes relatos é que o cristianismo cresceu de uma maneira fenomenal perto dos lugares onde Jesus andava e próximo ao tempo das grandes obras por ele realizadas. Estes primeiros crentes tiveram acesso aos fatos e agiram conforme as evidências.

Por: Dennis Allan

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