Estudo detalhado do Apocalipse de Jesus Cristo e de toda a Sagrada Escritura. Jesus Cristo fez questão de revelar e preservar o Apocalipse. Como servos dele, devemos dar importância a este livro, assim como damos a todas as outras Escrituras. O Apocalipse, certamente, apresenta alguns desafios especiais para os leitores modernos, mas não devemos fugir de sua mensagem só porque encontramos algumas dificuldades. A intenção deste estudo é de ajudar cada Cristão a adquirir uma compreensão básica do significado do Apocalipse e de toda a Biblia Sagrada.

07 julho 2012

Estudos Textuais

Gênesis
Gênesis e Jó - Dennis Allan
Êxodo
Êxodo e Levítico - Dennis Allan

Levítico
Êxodo e Levítico - Dennis Allan


O Livro de Jó -
por Allen Dvorak
Gênesis e Jó - Dennis Allan
Salmos
Estudo do Livro de Salmos - por Dennis Allan
Uma Vista Panorâmica dos Salmos

Oséias -
Estudo do Livro de Oséias - por Dennis Allan

Ezequiel -
O Atalaia de Israel um Estudo do Livro de Ezequiel - por Dennis Allan

Daniel -
O Livro de Daniel - por Robert Harkrider

Miquéias
Anotações sobre o Livro de Miquéias - por Dennis Allan

Zacarias
Estudo do Livro de Zacarias
- por Dennis Allan
Mateus
Estudo do Livro de Mateus - por Dennis Allan

Marcos
O Livro de Marcos -
por Dennis Allan
Atos
O Livro de Atos - por Dennis Allan

Romanos
O Livro de Romanos - por Dennis Allan

O Livro de Romanos - por Gary Fisher
1 e 2 Coríntios
O Livro de 1 Coríntios -
por Gary Fisher
O Livro de 2 Coríntios - por Dennis Allan
Gálatas
O Livro de Gálatas -
por Carl Ballard
As Cartas de Paulo aos Tessalonicenses e Gálatas - por Dennis Allan

Efésios
O Livro de Efésios -
por Carl Ballard
O Livro de Efésios -
por Dennis Allan
Filipenses
O Livro de Filipenses -
por Carl Ballard
Colossenses O Livro de Colossenses - por Carl Ballard

1 e 2 Tessalonicenses

As Cartas de Paulo aos Tessalonicenses e Gálatas - por Dennis Allan

Nos Dias Atuais as Pessoas Têm Que Guardar as Leis do Velho Testamento?

ÍNDICE
Parte 1: Parte 1: Era o Intento de Deus que as Leis do Velho Testamento Vigorassem em Nossos Dias?
Parte 2: Parte 2: Alguma Parte do Velho Testamento Vigora Hoje em Dia?
Parte 3: Qual Lei Deveríamos Submeter Hoje em Dia?

Introdução
No Velho Testamento, encontramos muitos mandamentos que não são achados no Novo Testamento, tais como o sábado do sétimo dia, o sacrifício de animais, o sacerdócio levítico, a circuncisão, os dias santificados especiais, a queima de incenso, o dízimo e a música instrumental, na adoração.
Muitas pessoas estão confusas sobre se temos ou não, hoje em dia, que obedecer a estes mandamentos do Velho Testamento. Pessoas que acreditam que deveríamos guardá-los, freqüentemente discordam entre si sobre quais leis devemos guardar. Para agradar a Deus e para sermos unidos religiosamente, temos que determinar se alguma das leis do Velho Testamento, se aplica a nós, atualmente. O propósito deste estudo é entrar nessas questões.
Vamos considerar algumas perguntas introdutórias:


Deus quer que as pessoas, hoje em dia, obedeçam a todos os mandamentos
que ele já deu?

As pessoas, às vezes, acreditam (ou argumentam como se crêem), que temos que praticar, hoje em dia, tudo o que Deus já ordenou na Bíblia. Mas considere uns poucos exemplos:


Circuncisão

(Gênesis 17:9-14) - A circuncisão foi tanto uma aliança como um mandamento, dado por Deus a Abraão e seus descendentes (veja 21:1-4; Levítico 12:3). Mas este mandamento já não mais se aplica (I Coríntios 7:18-20; Gálatas 5:1-8; 6:12-16).
 

Sacerdócio levítico

(Êxodo 40:12-16; 29:1-9) - Sob a aliança feita no Monte Sinai, Deus ordenou que somente Arão e seus descendentes servissem como sacerdotes (Números 3:10; 18:1-7; 16:40). Mas hoje, Jesus é o Sumo Sacerdote, embora ele não tivesse sido um descendente de Arão. Isto prova que houve uma mudança na lei (Hebreus 7:11-18; I Pedro 2:5,9).


Sacrifício de animais

(Números 15:1-6) - Através de todo o Velho Testamento, Deus ordenou que as pessoas oferecessem sacrifícios de animais (veja Gênesis 4:1-5; Levítico 1-7). Mas hoje, Jesus é o nosso sacrifício perfeito. Os sacrifícios de animais cessaram porque não são mais necessários (Hebreus 10:1-18).


Dias santificados

(Êxodo 12:1-28; 13:3-10; Levítico 23) - Deus ordenou que Israel guardasse vários dias festivos santificados, mas nós não devemos guardá-los (Colossenses 2:14-17; Gálatas 4:10,11). Note que, quando Deus manda que certo dia seja um dia santo de descanso, ele pode posteriormente mudar a ordem e não mais exigir que os homens o guardem.
Não podemos negar que Deus tem dado leis diferentes para diferentes povos, em tempos diferentes. Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre (Hebreus 13:8), mas isto se refere ao caráter e à natureza de Deus, e não às suas leis para os homens. Os trechos das Escrituras examinados provam que o próprio Deus tem
feito mudanças nas leis que tem dado ao povo.
 

Por que estes mandamentos não mais obrigam o povo?

Há, pelo menos, duas razões possíveis para que não sejamos obrigados a obedecer a um mandamento dado por Deus:


1. Deus deu alguns mandamentos a determinados indivíduos ou grupos, sem nunca querer que se aplicassem a todas as pessoas, em todos os lugares.

Exemplos óbvios são: o mandamento para Noé construir a arca, o mandamento a Abraão para sacrificar seu filho e o mandamento a Abraão e seus descendentes para circuncidar todos os ho-mens (Veja Romanos 3:19).
Se Deus queria que alguns dos seus mandamentos fossem limitados a certas pessoas, mas tomamos estes mandamentos e os aplicamos a outras pessoas, a quem ele jamais quis que se aplicassem, então não estamos demonstrando fide-lidade a Deus, mas, isto sim, estamos pervertendo sua vontade!


2. Deus deu alguns mandamentos para servir a um propósito temporário. Quando eles cumpriram seu propósito, não foram mais necessários, então Deus os retirou.

Exemplos disto são o sacerdócio levítico, o sacrifício de animais e a circuncisão. De fato, isto se aplica a todos os exemplos previamente mencionados.
Queira notar que não estamos dizendo que as pessoas têm o direito de declarar que uma lei de Deus seja anulada, baseados simplesmente em sua própria autoridade. A questão é: qual a intenção de Deus a respeito de certos mandamentos? Se ele determina que a lei se aplique a nós, somos infiéis se não a obedecemos. Mas somos igualmente infiéis se condenamos as pessoas por não seguirem uma lei quando, de fato, o próprio Deus não tenciona que essas pessoas sigam essa lei.

Por: David E. Pratte

Deveriam os Cristãos Guardar o Sábado Hoje em Dia?

 O Que a Bíblia Diz?

No Velho Testamento, Deus ordenou aos israelitas que santificassem o dia do sábado e não trabalhassem nesse dia. Deveriam os cristãos de hoje, também, descansar e adorar no dia do sábado? Muitos grupos religiosos (Adventistas do Sétimo Dia, por exemplo) ensinam que deveríamos. O que a Bíblia diz?

Em Êxodo 20:8-11 Deus ordenou aos judeus que guardassem o dia do sábado (veja nota 1). No Novo Testamento, vemos que as leis do Velho Testamento eram para continuar somente até a morte de Cristo. (Nas passagens seguintes, a ênfase está acrescentada para esclarecer o sentido).
Efésios 2:14-15
"Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homen, fazendo a paz." Esta passagem mostra que Cristo aboliu a "lei dos mandamentos". Desde que a guarda do sábado era um destes mandamentos, e não foi incluída no Novo Testamento, não necessitamos guardar o sábado.
Romanos 7:4-7
"Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte. Agora porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás." Esta passagem claramente diz que morremos para a lei e estamos, portanto, "libertos da lei". A lei de que Paulo falava incluía os dez mandamentos, porque no versículo 7 ele citou: "Não cobiçarás" como uma das leis. (Veja Nota 2).
2 Coríntios 3:6-11
"O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que outrora foi glorificado, neste respeito já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente." Aqui Paulo está comparando o ministério da morte e da condenação com o ministério do Espírito e da justiça. O ministério da morte estava desaparecendo, mas o ministério do Espírito estava continuando. Mas qual era o ministério da morte e da condenação que estava desaparecendo? Era o ministério "gravado com letras nas pedras". Se cremos no Novo Testamento, temos que acreditar que a revelação escrita nas pedras, no Velho Testamento (os dez mandamentos), já morreu. Esta passagem afirma isso claramente.
Gálatas 3:15-5:4
Gálatas 3:19­ "Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador." Se a lei foi acrescentada até que Cristo veio, então o domínio da lei parou quando Cristo veio.

Gálatas 3:24-25­ "De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio." A lei foi nosso instrutor, para levar-nos a Cristo, mas agora que Cristo veio, "já não permanecemos subordinados ao instrutor".

Gálatas 4:1-5­ "Digo, pois, que durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos." A lei foi dada para a infância do povo de Deus. Cristo veio para nos adotar como filhos e redimir-nos da lei.

Gálatas 4:24,31­ "Estas cousas são alegóricas: porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Hagar. . . . E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e, sim, da livre." Neste trecho, Paulo compara a lei dada no Sinai com Hagar (a mulher escrava), e a nova aliança com Sara (a esposa livre). Ele diz claramente que somos da mulher livre e não da mulher escrava. Portanto, estamos sob a nova aliança e não sob a aliança do Monte Sinai, que incluiu os dez mandamentos. Por favor, estude cuidadosamente este assunto, por completo.

Gálatas 5:4­ "De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes." A conseqüência da volta para a lei é que decaímos da graça.
Hebreus 7-10
Hebreus 7:12­
"Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei." A lei foi mudada.

Hebreus 7:18-19­ "Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." A antiga aliança foi revogada.

Hebreus 8:7-13­ "Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniqüidades usarei de misericórdia, e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer." Temos uma nova aliança. Por que voltar para a velha?

Hebreus 9:4­ "Ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança." A aliança a que ele tem se referido inclui as "tábuas da aliança": os dez mandamentos.
Colossenses 2:16-17
"Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo." Talvez seja este o texto mais importante de toda esta discussão, porque ele claramente menciona o dia do sábado como parte da sombra que foi substituída por Cristo. (Veja Notas 3 e 4). O sábado não é, para nós, hoje, mais parte do padrão de Deus do que a conservação do festival da lua nova. Ambos foram partes da aliança do Velho Testamento, que foi substituída pela nova aliança de Cristo.

Os cristãos de hoje têm que seguir o Novo Testamento, que não ordena que qualquer dia seja completamente posto de lado como um dia de descanso, mas sim, mostra o padrão dos cristãos reunindo-se para adorar juntos nos domingos (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:1:2). (Veja Notas 5 e 6).
Nota 1:
O sábado era só para os judeus.

Muitas passagens mostram que o mandamento para guardar o sábado foi dado somente aos judeus. Por exemplo:

· Êxodo 31:12-18­ "Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto guardareis o sábado, porque é santo para vós outros: aquele que o profanar, morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento. E, tendo acabado de falar com êle no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus." Aqui ele afirmou que o sábado era entre Deus e os filhos de Israel.

· Deuteronômio 5:1-3, 12­ "Chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhe: Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes. O Senhor nosso Deus fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e, sim, conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos...Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus." A aliança que incluía o dia do sábado foi exclusivamente feita com os israelitas e com ninguém mais.

· Ezequiel 20:10-12­ "Tirei-os da terra do Egito e os levei para o deserto. Dei-lhes os meus estatutos, e lhes fiz conhecer os meus juízos, os quais cumprindo-os o homem, viverá por eles. Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." Aqueles a quem a lei do sábado foi dada foram o povo de Israel, aqueles que foram resgatados do Egito.

Às vezes, os adventistas mostram que Deus descansou no sétimo dia da criação (Gênesis 2:1-3). E daí eles deduzem que aos homens foi ordenado que guardassem o sábado desde o tempo da criação. Mas nenhuma passagem afirma isso. De fato, a primeira vez que lemos sobre homens guardando o sábado, ou um mandamento para os homens guardarem o sábado, é em Êxodo 16, depois que Moisés tinha guiado os israelitas para fora do Egito. Gênesis 2 mostra que Deus descansou no sétimo dia, mas não ordena que os homens guardem o sétimo dia. De fato, a Bíblia nunca ordenou aos gentios que guardassem o sábado ­ somente os judeus ­ desde o tempo de Moisés até Cristo.
Nota 2:
Há diferença entre lei moral e lei cerimonial?

O Novo Testamento mostra que os cristãos não estão mais sob a obrigação de guardar a lei do Velho Testamento. Os adventistas e outros tentam escapar do significado destes textos, inventando a diferença entre a lei moral, que eles chamam a lei de Deus, e a lei cerimonial, que eles chamam a lei de Moisés. Normalmente, eles ensinam que a lei cerimonial foi abolida por Cristo (assim não guardamos a Páscoa nem oferecemos sacrifícios de animais) mas a lei moral ainda está vigente. Esta distinção não está na Bíblia.

A Bíblia usa as expressões lei do Senhor e lei de Moisés, sem fazer distinção, nos mesmos casos:

· 2 Crônicas 34:14­ "Quando se tirava o dinheiro que se havia trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o Livro da Lei do Senhor, dada por intermédio de Moisés."

· Esdras 7:6­ "Ele era escriba versado na lei de Moisés, dada pelo Senhor Deus de Israel; e, segundo a boa mão do Senhor seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira."

· Neemias 8:1, 8, 14, 18­ "Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel. . . . Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia. . . . Acharam escrito na lei que o Senhor ordenara, por intermédio de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do sétimo mês. . . . Dia após dia leu Esdras do livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao último; e celebraram a festa por sete dias; no oitavo dia houve uma assembléia solene, segundo o prescrito."

· Neemias 10:29­ "Firmemente aderiram a seus irmãos, seus nobres convieram numa imprecação e num juramento, de que andariam na lei de Deus, e que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus; de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos."

Em diversas ocasiões,"mandamentos cerimoniais" eram chamados de lei do Senhor: Sacrifícios de animais, sacerdócio, dias de festas (2 Crônicas 31:3-4), a festa dos tabernáculos (Neemias 8:13-18), a consagração dos primogênitos e as oferendas para purificação depois do parto (Lucas 2:23-24). Em outras ocasiões, as leis morais eram ditas como vindo de Moisés. Por exemplo, o mandamento para honrar os pais (Marcos 7:10). Para simplificar, a distinção entre a lei cerimonial de Moisés e a lei de Deus é uma invenção da teologia adventista. Não é encontrada na Bíblia.
Nota 3:
O dia do sábado de Colossenses 2:16 é o sábado semanal.


Algumas vezes, quando confrontados com Colossenses 2:16, que ensina que o dia do sábado foi uma parte da sombra que foi substituída por Cristo, os adventistas replicam que Colossenses 2:16 está se referindo aos "sábados anuais", e não aos "sábados semanais." A verdade é que o termo sábado é usado na Bíblia quase exclusivamente para os sábados semanais e é a própria palavra usada pelo Senhor quando ele deu os dez mandamentos. A única festa anual, para a qual a palavra sábado foi aplicada, é o Dia da Expiação (Levítico 16:31-32).

Olhem cuidadosamente a lista dos tipos de "sombra" em Colossenses 2:16: "comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados". Depois de mencionar comida e bebida, ele (Paulo) também menciona festas (celebrações anuais), lua nova (celebrações mensais) e sábados (celebrações semanais). [E, interessante, muitos adventistas tentam manter as mesmas regras do Velho Testamento sobre comida (estude Marcos 7:19 e Atos 10:9-16)]. Repetidamente, este agrupamento anual, mensal e semanal (às vezes diário) de festas é feito na Bíblia:

· 1 Crônicas 23:30-31­ "Deviam estar presentes todas as manhãs para renderem graças ao Senhor, e o louvarem; e da mesma sorte à tarde. E para cada oferecimento dos holocaustos do Senhor, nos sábados, nas luas novas, e nas festas fixas, perante o Senhor, segundo o número determinado."

· 2 Crônicas 2:4­ "Eis que estou para edificar a casa ao nome do Senhor meu Deus e lha consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e lhe apresentar o pão contínuo da proposição, e os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados, nas luas novas e nas festividades do Senhor nosso Deus; o que é obrigação perpétua para Israel."

· 2 Crônicas 8:13­ "E isto segundo o dever de cada dia, conforme o preceito de Moisés, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas, três vezes no ano: na festa dos pães asmos, na festa das semanas e na festa dos tabernáculos."

· 2 Crônicas 31:3­ "A contribuição que fazia o rei da sua própria fazenda era destinada para os holocaustos, para os da manhã e os da tarde, e para os holocaustos dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como está escrito na lei do Senhor."

· Neemias 10:33­ "Para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as festas fixas, e para as cousas sagradas, e para as ofertas pelo pecado, para fazer expiação por Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus."

· Ezequiel 45:17­ "Estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas festas, nas luas novas e nos sábados, em todas as festas fixas da casa de Israel: ele mesmo proverá a oferta pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel."

· Oséias 2:11­ "Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades."

Paulo usa o mesmo agrupamento em Colossenses 2:16. Por que haveria alguém de torcer suas palavras para fazer com que significasse festas anuais quando ele fala de sábados?
Nota 4:
O significado espiritual do sábado


O dia do sábado era uma sombra da realidade espiritual trazida por Cristo (Colossenses 2:16-17). O sábado significa descanso e libertação do trabalho: Cristo trouxe o descanso e a libertação do pecado. Jesus é o descanso para o qual a sombra do sábado apontava (Mateus 11:28-30). Mesmo a libertação e o descanso que Jesus nos dá agora são apenas uma antecipação do descanso verdadeiro que os cristãos experimentarão no céu (Hebreus 4:9).
Nota 5:
Os primeiros cristãos adoravam no domingo


Duas passagens mostram claramente que os primeiros cristãos adoravam nos domingos:

· Atos 20:7­ "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite." Notem que este dia era um domingo. Os adventistas argumentam que esta reunião era na noite de sábado, mas as Escrituras dizem que era no primeiro dia da semana. Notem também que o propósito da reunião deles era partir o pão. Nesse trecho, e referindo a outras passagens (Atos 2:42; 1 Coríntios 10:16; 11:18-34), está claro que isto se refere à Ceia do Senhor. Os adventistas argumentam que eles se reuniram porque Paulo partiria no dia seguinte, mas o trecho diz que eles se reuniram para partir o pão.

· 1 Coríntios 16:1-2­ "Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." Os primeiros cristãos, aqui, contribuíam com seu dinheiro no primeiro dia da semana. Por que seria feita a coleta no domingo, se os cristãos não se reunissem nesse dia?
Nota 6:
Respondendo a objeções


· Jesus guardou o sábado. Certamente que sim. Jesus era um judeu nascido sob a lei (Gálatas 4:4) e portanto obedeceu a todas as leis do Velho Testamento. Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21; 5:12-14; Mateus 26:18-19). Mas quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha. Se o fato que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então o fato que Jesus guardou o sábado não prova que nós deveríamos guardá-lo também.

· Paulo guardou o sábado. As Escrituras não ensinam isto. Havia um número de ocasiões em que Paulo ensinou em sinagogas, no sábado (Atos 18:4, por exemplo). O sábado era o dia quando as pessoas se juntavam na sinagoga e Paulo aproveitou-se dessas oportunidades para ensinar muitas pessoas. Se eu tivesse permissão para ensinar lá, eu haveria de ir a assembléias adventistas todos os sábados. Mas a ida de Paulo às sinagogas, para ensinar no sábado, não prova que ele guardou o sábado como um dia santo de descanso.

· Para sempre. No Velho Testamento, o sábado era "por aliança perpétua nas suas gerações" e "entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre" (Êxodo 31:16-17). Os adventistas argumentam que estes termos mostram que a guarda do sábado semanal nunca terminará (descansaremos no céu, também?). Mas o verdadeiro significado de "para sempre" e "perpétua", neste trecho, é limitado por "nas suas gerações". Estas expressões significam "duração de uma era". Outros mandamentos do Velho Testamento foram "para sempre": por exemplo, a Páscoa (Êxodo 12:24). Muitos mandamentos do Velho Testamento foram "perpétuos": a queima do incenso (Êxodo 30:21), o sacerdócio Levítico (Êxodo 40:15), as ofertas de paz (Levítico 3:17), a parte dos sacerdotes nos sacrifícios (Levítico 6:18, 22; 7:34, 36), o sacrifício anual de animais pela expiação dos pecados (Levítico 16:29, 31,34), etc. Os adventistas, normalmente, não ensinam que sacrifícios de animais, queima de incenso ou a guarda da páscoa têm que ser continuados hoje; porque, entã, deveriam eles argumentar que a guarda do sábado tem que ser continuada hoje?

· Jesus não veio para revogar a lei. Mateus 5:17-18 diz: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar; vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra." Neste trecho, Jesus está ensinando que seu propósito não era contra a lei. Ele não veio para demolir ou destruir a lei. De fato, Ele era o cumprimento da lei. A lei predisse a vinda de Cristo e a nova aliança que ele haveria de trazer. Esta passagem não está, certamente, ensinando que cada "i" ou "til" da lei obrigaria para sempre; nem os adventistas afirmam isso. Mas em vez disso, que toda a lei e os profetas haveriam de desempenhar suas funções propostas, até o seu cumprimento.

· Jesus disse para orarem para que sua fuga não fosse no sábado. Mateus 24:20 diz: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado." Nesse trecho, Jesus estava considerando a iminente destruição de Jerusalém. Ele deu aos seus discípulos o sinal pelo qual eles poderiam saber quando a hora de fugir houvesse chegado. E ele os aconselhou a orar para que sua fuga não viesse em um tempo difícil. Havia várias razões porque seria mais difícil fugir no sábado. Normalmente, os judeus trancavam as portas da cidade no sábado, e poderiam ser impedidos em sua fuga por judeus fanáticos; o sábado dificultaria a capacidade dos cristãos para comprar os mantimentos necessários para a fuga. Quando Jesus os avisou para que orassem para que a fuga não fosse num dia de sábado ou no inverno, ele não estava admitindo que os cristãos deveriam guardar o sábado, mais do que deveriam guardar o inverno.

· O papa mudou o sábado. Quando os argumentos da Bíblia lhes falham, os adventistas gostam de tentar provar que os primeiros cristãos guardavam o sábado, mas que esta guarda foi mais tarde mudada para o domingo, pela igreja católica. Mesmo descontando a evidência da Bíblia, esta afirmação pode ser desmentida historicamente. Tanto Inácio como Justino Mártir se referem aos cristãos adorando no domingo e eles escreveram no segundo século, muito antes de haver um papa ou uma igreja católica. Mas pesquisar através de documentos históricos é desnecessário. A Bíblia decide a questão e isso deveria ser suficiente para aqueles que têm fé em Deus.

Por: Gary Fisher

06 julho 2012

Fé em Crise

Asafe quase renegou Deus porque começou a invejar a prosperidade dos ímpios. Ele viu que eles eram sadios, ricos e populares (1-12), enquanto ele nada recebia além de aflição pelos seus esforços para manter sua pureza (13-14). Parecia que simplesmente não compensava ser bom.

Atitude na crise: Nossa fé enfrentará desafios e ocasionalmente se tornará instável. Asafe tomou duas atitudes chaves que nos ajudam quando enfrentamos dúvidas e frustrações espirituais. Œ Ele não subverteu a fé de outros por palavras irrefletidas (15). Um homem piedoso prioriza o bem-estar de outros e não expõe dúvidas pessoais diante de cada irmão fraco. 
Ele foi ao santuário de Deus (17). A solução para o seu problema veio quando ele começou a adorar o Senhor e considerou a grandeza e majestade dele. Alguns tendem a evitar oportunidades de adoração quando tropeçam espiritualmente, mas em momentos de fraqueza precisamos estar com o Senhor e seu povo mais do que nunca.

Solução para a crise: A amargura de Asafe pela injustiça da vida foi resolvida por duas considerações: Œ Ele considerou o "fim" dos ímpios e observou como Deus os tinha colocado em lugares escorregadios (17-20). Os ímpios, às vezes, prosperam, mas a prosperidade deles tem vida relativamente curta. Considere o "sucesso" de Sodoma e Gomorra (Gênesis 19), Senaqueribe (2 Reis 19) e Herodes (Atos 12). A boa fortuna dos ímpios é tão insegura como um sonho e uma pessoa sensata nunca cobiça a riqueza dos sonhos. 
Ele percebeu a bênção perfeita do cuidado, guia e glória do Senhor (23-26). "Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre" (25-26). Ele repousou no que o Senhor era para ele: sua única satisfação e desejo. Em comparação, a prosperidade dos ímpios era nada.

Por: Gary Fisher


Vencendo o Desânimo


Que contraste! Em 1 Reis 18, Elias era forte e corajoso. Logo no próximo capítulo ele entrou em pânico e fugiu para salvar sua vida. O que acontecia? O que enfraquecia este grande profeta e fazia com que ele esquecesse seu dever? Era o desencorajamento que fazia Elias cair. Precisamos tomar cuidado porque o desânimo pode incapacitar nossa vida espiritual também.

O contexto da vitória de Elias no capítulo 18 é impressionante. A idolatria, especialmente a adoração de Baal, dominava o país de Israel. O rei e a rainha desta nação, Acabe e Jezabel, eram totalmente corruptos. Neste ambiente espiritual desanimador, a voz solitária de Elias soava em oposição. Ele lançou um desafio aos falsos profetas para disputarem para ver quem era o Deus verdadeiro. A competição seria simples: seriam preparados sacrifícios no altar e o deus que respondesse com fogo do céu para queimar o animal seria o vencedor. Os resultados foram inconfundíveis. Os idólatras clamaram a Baal desde a manhã até o meio da tarde, mas não houve resposta. Em contraste, Elias cavou uma valeta em volta do seu sacrifício, molhou o animal com doze baldes de água até o ponto em que a valeta ficou cheia e então, calmamente pediu ao Senhor que o consumisse. O fogo de Deus não somente queimou o boi, mas também as pedras do altar, a água da valeta e até a terra em volta dele. Esta demonstração dramática convenceu o pov, e os falsos profetas foram executados.

Imediatamente após, Elias partiu para o palácio em Jezreel, onde Jezabel mandou dizer que planejava matá-lo no dia seguinte. Desanimado, Elias fugiu. Ele disse ao Senhor que queria morrer e então fugiu durante quarenta dias e noites. O desânimo nem sempre é pecaminoso, mas leva ao pecado freqüentemente. Neste caso, a depressão do profeta levou-o a esquecer seu posto de serviço, fraquejar em sua fé em Deus e, finalmente, tornar-se egoísta. Ele se queixou que era o único restante que servia ao Senhor fielmente. A vida de Elias, então, oferece um modelo útil para estudar o desencorajamento, o que o causa e como vencê-lo.

Causas

Ironicamente, um dos principais fatores que produziam o desânimo de Elias era a grande vitória que ele conseguira no Monte Carmelo contra os falsos profetas. Vitórias espirituais decisivas são momentos especialmente vulneráveis; somos mais suscetíveis nesses momentos tanto ao orgulho como ao desencorajamento. Neste caso, sem dúvida, Elias previu um reavivamento avassalador. Talvez ele esperasse que Acabe e Jezabel de

algum modo conduzissem a nação inteira ao arrependimento. Assim, o desafio continuado de Jezabel foi uma decepção. A mesma coisa pode acontecer conosco. Quando as coisas vão bem, nossas expectativas são grandes. Então vem o revés, e ficamos desencorajados.

Uma segunda coisa que causou a depressão de Elias foi seu fracasso em conseguir os resultados desejados. Depois de anos de fidelidade ao Senhor e depois da matança dos falsos profetas, nada tinha realmente mudado. Ou assim parecia. É extremamente desanimador trabalhar, trabalhar, trabalhar e mesmo assim não ver resultado positivo. Isto não é incomum. Noé, um pregador da justiça (2 Pedro 2:5), procurou salvar somente sua própria família. Jesus mesmo foi desprezado e rejeitado (Isaías 53:3; João 1:11). Muitos dos mais diligentes servos de Deus têm experimentado a frustração de ver os pequenos resultados de seu labor. Quando vemos pouco ou nenhum fruto de nossas atividades no serviço do Senhor, precisamos ser pacientes (Gálatas 6:9) e confiar em que a colheita virá (1 Coríntios 15:58). Terceira coisa, Elias estava desanimado porque aqueles que deveriam estar servindo o Senhor se esqueciam dele. Acabe e Jezabel deveriam ter sido os guias espirituais daquela nação. A conduta deles era desmoralizante. Para nós, poem ser os irmãos que nos desapontam. A oposição do mundo não surpreende, mas quando vemos aqueles que declaram estar servindo o Senhor voltar suas costas a ele, isto se torna mais do que podemos suportar. Isto não é um problema novo. Josué e Calebe ficaram virtualmente sós (Números 14). Num momento crítico em sua vida, Paulo foi abandonado por todos os irmãos (2 Timóteo 4:16). Precisamos continuar servindo a Deus, independente da resposta dos outros (Habacuque 3:17-18).

Uma quarta causa do desencorajamento de Elias foi a comiseração de si mesmo. Ele estava sentindo pena de si mesmo. Ele sentia que estava só, que todos os outros tinham abandonado o Senhor. É difícil ficar deprimido quando se está fixo na obra do Senhor, mas quando se está pensando principalmente em si mesmo, o desânimo quase sempre acontece.

A culpa era uma causa final da depressão de Elias. Ele tinha abandonado sua responsabilidade e agido sem a orientação de Deus. Ele sabia que estava errado porque estava na defensiva quando o Senhor falou com ele. Precisava de perdão e necessitava voltar ao seu posto de serviço. A culpa freqüentemente produz depressão. Algumas vezes, quando estamos abatidos, não precisamos simplesmente arranjar um modo de sentir melhor, mas precisamos de arrepender.
A pergunta de Deus
O Senhor veio a Elias duas vezes e perguntou: "Que fazes aqui, Elias?" (1 Reis 19:9, 13). Aqui estava um homem bom e justo que tinha caído. Como Deus lidaria com ele? Deus não ficou aborrecido ou desistiu dele. Por outro lado, Deus também não o mimou. O Senhor desafiou-o diretamente, ajudando-o a superar seu desânimo, e reassumir seu serviço fiel. É encorajador perceber que Deus cuida de seus servos fracos e decaídos, e que ele trabalha para encorajá-los e restaurá-los. É também bom ver o modelo do Senhor quando procuramos ajudar a reerguer nossos irmãos quando se tornam abatidos. Não devemos abandoná-los com desprezo, mas também não devemos só tentar fazê-los se sentir melhor. Precisamos desafiá-los e ajudá-los a se levantar novamente na obra do Senhor.
Curas
Quando o Senhor visitou Elias na montanha e perguntou o que ele estava fazendo ali, Deus lhe disse para sair "e põe-te neste monte perante o SENHOR." Deus mostrou a Elias um vento grande e forte que quebrou as rochas da montanha em pedaços, depois revelou um terremoto e depois um fogo. Cada um deles demonstrava o poder de Deus, algo que Elias precisava ver urgentemente. Ele precisava de mais confiança no Senhor; precisava ver quem estava ao seu lado. Mas, surpreendentemente, o Senhor não estava no vento, nem no terremoto, nem no fogo. Por fim, Elias ouviu um sopro suave e ali estava o Senhor! A lição parece ser que precisamos confiar no Senhor até mesmo quando não vemos nada dramático. Deus pode trabalhar quieto, por meios pequenos e aparentemente insignificantes. Precisamos deixar mais nas mãos de Deus e não esperar que ele sempre opere de uma maneira dinâmica e impressionante. Elias estava esperando um vento, um terremoto e um fogo, mas o Senhor estava num som soprado suavemente. Em tempos de desencorajamento, confiemos no Senhor, esteja ele agindo sensacionalmente ou imperceptivelmente.

Deus deu a Elias uma tarefa para cumprir. Ele lhe disse que ungisse Azael como rei sobre a Síria e Jeú como rei de Israel, e Eliseu como seu próprio sucessor. Elias precisava apressar-se; sua inatividade lhe havia dado simplesmente mais tempo para se lamentar. Dificilmente, ficamos deprimidos quando estamos ativos. Mas quando nos sentamos e remoemos um pensamento, então ficamos desanimados.

Finalmente, o Senhor falou a Elias sobre os 7000 que jamais haviam se prostrado diante de Baal. Elias não tinha percebido aqueles que eram os verdadeiros servos do Senhor. Ele nunca tinha observado que não era realmente o único restante. Quando estamos desencorajados, nossa tendência é pensar que tudo e todos estão contra nós. Precisamos reconhecer as coisas boas como as más. Conquanto nossa tendência possa ser nos retirarmos daqueles que nos elevariam, os momentos de depressão são, muitas vezes, os próprios momentos em que precisamos mais da amizade de nossos irmãos. Posso não estar com vontade de ir à igreja, ou passar algum tempo com um irmão cristão, mas se eu fizer isso vou me sentir reanimado.
Aplicação
Os cristãos ficam, às vezes, desanimados. Nesses momentos precisamos voltar-nos para o Senhor e permitir que ele nos ajude a superar a depressão, para que não nos enfraqueçamos e nos afastemos dele. E para nós, como para Elias, as soluções são relativamente simples. Precisamos de mais confiança no Senhor, até mesmo quando não o observamos operando de modos dramáticos. Precisamos nos levantar e nos ocupar, deixando de pensar em nós mesmos. E precisamos ver o bem à volta de nós e passar mais tempo com nossos irmãos.

Por: Gary Fisher

05 julho 2012

Sofrimento

Por que acontecem coisas ruins? Se Deus é tão bom, bem como Todo-poderoso, por que ele não evita o sofrimento? Como devemos reagir quando acontecem coisas que não nos fazem sentido? Estes tópicos, que têm incomodado os homens durante séculos, não devem abalar nossa fé. A palavra de Deus fornece algumas respostas e sustenta poderosamente nossa fé mesmo quando algumas perguntas permanecem sem reposta.
O pecado do homem
Deus criou o homem à sua própria imagem (Gênesis 1:26). Isto não quer dizer que o homem se pareça fisicamente com Deus, pois ele não tem um corpo carnal (João 4:24; Lucas 24:39). O que significa é que o homem tem consciência racional e livre arbítrio para determinar seus próprios atos. Essa liberdade explica por que o sofrimento se originou.
Quando Deus criou Adão e Eva, ele os colocou num paraíso, cheio de frutos bons. Ele autorizou-os a comerem de todas as árvores, exceto duma. Mas a existência perfeita deles foi destruída, porque decidiram comer da única árvore proibida. Seu pecado levou Deus a expulsá-los do maravilhoso jardim e a puni-los trazendo o sofrimento sobre eles e seus descendentes (Gênesis 3). Este mundo, amaldiçoado por causa do pecado do homem, não é o lugar que Deus desejava para o seu povo.
Não poderia Deus ter evitado que o homem pecasse? Certamente. Ele poderia ter criado robôs ou bonecos que recitassem, "Eu te amo", sempre que ele desse corda neles. Em vez disso, Deus preferiu criar os homens à sua imagem, com livre arbítrio. É logicamente impossível dar aos homens livre escolha e não lhes permitir decidir livremente. Mas não poderia Deus ter dado aos homens livre escolha e só eliminar as más conseqüências que resultassem dessas escolhas? Talvez, mas ainda é duvidoso que escolha sem conseqüência seja realmente autêntica. De qualquer modo, conseqüências sofridas são freqüentemente bênçãos. A sensação de dor quando tocamos um objeto quente ensina-nos a não tocarmos num fogão quente. Se não fosse sentida a dor, maiores danos certamente resultariam.
O sofrimento resulta do pecado humano, direta ou indiretamente. Por exemplo, a fornicação freqüentemente causa doenças transmitidas sexualmente e daí o sofrimento ("...o caminho dos pérfidos é intransitável" Provérbios 13:15). A ira descontrolada faz com que outros sofram. Algum sofrimento é o resultado indireto do pecado, porque não vivemos mais no paraíso, mas num ambiente amaldiçoado por causa do pecado. A conclusão é que o sofrimento acontece porque Deus deu ao homem livre arbítrio e este resolveu pecar.
Boas pessoas
Mas por que pessoas boas, inocentes, sofrem? Algumas vezes pessoas boas erram e sofrem as conseqüências de seus pecados. Outras vezes elas sofrem por causa de erros cometidos por outras. E às vezes, elas sofrem porque vivem num mundo que foi amaldiçoado em conseqüência dos pecados da humanidade. Mas aqueles que amam a Deus podem sempre encontrar benefício no sofrimento: "Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Como pode o sofrimento ajudar os cristãos fiéis?
Castigo.
A dor é uma grande ferramenta de ensino. Hebreus 12 revela que Deus disciplina os filhos que ele ama. Pais terrenos também disciplinam seus filhos porque os amam e querem exercitá-los no caminho certo. Em vez de nos ressentirmos contra a disciplina de Deus, devemos apreciar que ele tenha bastante cuidado para conosco a ponto de nos corrigir. "Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça" (Hebreus 12:11). O salmista reconheceu o valor do sofrimento em sua própria vida: "Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra... Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos" (Salmo 119:67,71).
Crescimento espiritual.
O sofrimento ajuda os cristãos a ficarem mais fortes. Jó era um homem devoto, mas pela aflição ele "cresceu" e se tornou um servo de Deus mais forte e mais humilde. Assim como o ouro é purificado ao passar pelo fogo, assim um cristão é purificado e fortalecido quando passa pela aflição (1 Pedro 1:6-9). O que sai da fornalha é melhor do que o que nela entrou. Esse sofrimento, então, não é porque temos errado, mas porque podemos fazer melhor.
O sofrimento nos ajuda espiritualmente de vários modos: Œ Confiança. Paulo aprendeu a confiar mais em Deus por causa das circunstâncias perigosas (2 Coríntios 1:8-9). Experimentar tempos difíceis nos faz mais cônscios de nossa necessidade de Deus e assim desenvolvemos confiança nele, não em nós mesmos.  Humildade. Deus deu a Paulo um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para impedi-lo de se exaltar (2 Coríntios 12:7-9). A arrogância invade sutilmente nossos corações; as aflições ajudam a resistir a esta tentação. Ž Perspectiva. Deus quer que vivamos como peregrinos aqui, entendendo que o céu é o nosso verdadeiro lar (Colossenses 3:1-4; Filipenses 3:20). Mas quando as coisas vão bem para nós nesta vida, sentimo-nos em casa no mundo e deixamos de almejar estar com o Senhor. As aflições nos ajudam a visar a verdadeira meta.
O plano de Deus.
Algumas vezes o sofrimento nos capacita a contribuirmos para o plano de Deus referente ao mundo. Jesus sofreu para ajudar os outros, sacrificando sua vida para reconciliar os homens com Deus. José sofreu para que sua família pudesse ser salva da fome (Gênesis 45:5-7; 50:20). A prisão de Paulo resultou surpreendentemente em maior progresso do evangelho (Filipenses 1:12-18), tanto porque lhe deu oportunidade para ensinar os guardas que estavam acorrentados a ele, como porque outros irmãos foram encorajados por sua atitude a pregarem a palavra mais ousadamente. Os sofrimentos de Paulo também o qualificaram para confortar outros que estavam sofrendo (2 Coríntios 1:3-5).
Lidando com o sofrimento
Há diversas coisas que ajudam na lida com o sofrimento:
Deus também sofre.
Enquanto Deus olhava para seu Filho em angústia na cruz, ele sofria. Este sofrimento não era causado pela fraqueza de Deus. Não era como se Jesus tivesse esgotado todos os seus esconderijos e seus inimigos finalmente o tivessem apanhado e executado contra sua vontade. Não, Jesus entregou sua vida voluntariamente (João 10:17-18). Ele decidiu voltar ao mesmo lugar onde sabia que Judas poderia encontrá-Lo (João 18:1-2). Ele se recusou a chamar os anjos para que o salvassem, ainda que legiões deles estivessem à sua disposição (Mateus 26:53). Ele nada disse para se defender durante o julgamento, ainda que, se tivesse feito isso, sem dúvida teria escapado da cruz. Cristo sofreu porque decidiu sofrer. Sofreu porque nos amava. O fato que o Senhor sofre conosco nos assegura de sua compaixão e auxílio, e dá-nos forças para enfrentarmos nossas dificuldades (Hebreus 2:14-18; 4:14-16; 5:7-10).
Não sabemos todas as respostas.
Muito sofrimento fica sem explicação. Jó passou seus dias implorando a Deus que lhe desse audiência e lhe explicasse porque sofria. Quando Deus finalmente apareceu, ele demonstrou que Jó não tinha capacidade nem para entender a resposta, muito menos para discutir com seu Criador. E no final, Jó aprendeu a confiar simplesmente em Deus. Algumas vezes o sofrimento que é inexplicável no momento, mais tarde é facilmente compreendido. Por que Deus permitiu que José fosse vendido como escravo e depois definhasse na prisão por manter sua pureza? Mais tarde o propósito ficou claro. Deus nunca prometeu que explicaria satisfatoriamente tudo o que acontece no mundo. Mas podemos confiar nele.
Paulo e seu espinho.
A reação de Paulo quanto ao espinho em sua carne é um excelente modelo para se lidar com o sofrimento. Talvez Deus tenha deixado indefinida a natureza do espinho na carne de Paulo para que possamos usar esse modelo a fim de nos ajudar em qualquer tipo de sofrimento que enfrentamos. Observe como Paulo lidou com sua dificuldade: Œ Ele orou pela remoção do espinho três vezes. Certamente temos todo o direito de orar para que nossos sofrimentos sejam removidos.  Ele aceitou o fato que teria que viver com ele. Nem todas as orações são respondidas afirmativamente. Quando Jesus orou no jardim para que o cálice fosse afastado dele se fosse a vontade de Deus, não foi a vontade de Deus. Quando Deus diz não, precisamos aprender a aceitar sua resposta. Ž Ele procurou bênçãos no espinho e percebeu que isto o ajudava a evitar de se exaltar. O Deus que obra todas as coisas juntas para o bem daqueles que o amam não permitirá que soframos em vão. Precisamos simplesmente procurar as lições e as bênçãos em nossos sofrimentos.  Ele aprendeu a regozijar-se com "seu espinho". "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios 12:10).
O sofrimento leva-nos a Deus.
O sofrimento, a conseqüência do mal, é um sinal do que seria a vida sem Deus. Dando-nos um vislumbre do tipo de mundo que haveria se Deus estivesse ausente, o sofrimento nos diz que precisamos de Deus. Certamente não queremos estar naquele lugar onde o mal reina soberanamente e onde Deus não está.
Que Deus ponha em minha vida o sofrimento que me aproxime mais dele.
-por Gary Fisher
Leia mais sobre este assunto:
O Problema do Pecado

Como Jesus venceu a Tentação

Na luta do cristão contra o diabo, o principal campo de batalha é a tentação. O discípulo precisa vencer o inimigo superando as tentações. Não estamos sós, contudo. Jesus tornou-se um homem, foi tentado como somos, obteve a vitória, assim mostrando como nós podemos triunfar sobre Satanás (note Hebreus 2:17-18; 4:15). É essencial, portanto, que analisemos cuidadosamente de que forma Jesus venceu.
Embora Jesus foi tentado várias vezes, ele enfrentou um teste especialmente severo logo depois que foi batizado. Lucas recorda este evento (Lucas 4:1-13), mas seguiremos a história conforme Mateus a conta: "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome" (Mateus 4:1-2). Pelo fato que foi o Espírito que levou Jesus para o deserto mostra que Deus pretendia que Jesus fosse totalmente humano e sofresse tentação. Note estas três tentativas de Satanás para seduzir Jesus.
Primeira TentaçãoA afirmação do diabo: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães" (4:3). O diabo é um mestre das coisas aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; ele tinha poder para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que ele tirasse vantagem de seu privilégio especial para prover sua necessidade imediata.
As questões: Era verdade que Jesus necessitava de alimento para sobreviver. Mas a questão era como ele o obteria. Lembre-se de que foi Deus quem o conduziu a um deserto sem alimento. O diabo aconselhou Jesus a agir independentemente e encontrar seus próprios meios para suprir sua necessidade. Confiará ele em Deus ou se alimentará a seu próprio modo? Há aqui, também, uma questão mais básica: Como Jesus usará suas aptidões? O grande poder que Jesus tinha seria usado como uma lâmpada de Aladim, para gratificar seus desejos pessoais? A tentação era ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus era que Jesus enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente os recursos que todos nós temos a nossa disposição.
A resposta de Jesus: "Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (4:4). Em cada teste, Jesus se voltava para as Escrituras, usando um meio que nós também podemos empregar para superar a tentação. A passagem que ele citou foi a mais adequada naquela situação. No contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anos no deserto que eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentar conceber seus próprios esquemas para se sustentarem.
Lições: 1. O diabo ataca as nossas fraquezas. Ele não se acanha em provar nossas áreas mais vulneráveis. Depois de jejuar 40 dias, Jesus estava faminto. Daí, a tentação de fazer alimento de uma maneira não autorizada. Satanás escolhe justamente aquela tentação à qual somos mais vulneráveis, no momento. De fato, as tentações são freqüentemente ligadas a sofrimento ou desejos físicos. 2. A tentação parece razoável. O errado freqüentemente parece certo. Um homem "tem que comer" . Muitas pessoas sentem que necessidades pessoais as isentam da responsabilidade de obedecer às leis de Deus. 3. Precisamos confiar em Deus. Jesus precisava de alimento, sim. Porém, mais do que isso, precisava fazer a vontade do Pai. É sempre certo fazer o certo e sempre errado fazer o errado. Deus proverá o que ele achar melhor; meu dever é obedecer-lhe. É melhor morrer de fome do que desagradar ao Senhor.
Segunda TentaçãoA afirmação do diabo: "Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra" (4:5-6). Jesus tinha replicado à tentação anterior dizendo que confiava em cada palavra do Senhor. Aqui Satanás está dizendo: "Bem, se confia tanto em Deus, então experimenta-o. Verifica o sistema e vê se ele realmente cuidará de ti." E ele confirmou a tentação com um trecho das Escrituras.
As questões: A questão é: Jesus confiará sem experimentar? Desde que Deus prometeu preservá-lo do perigo, é certo criar um perigo, só para ver se Deus realmente fará como disse?
A resposta de Jesus: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus" (4:7). A confiança verdadeira aceita a palavra de Deus e não necessita testá-la.
Lições: 1. O diabo cita a Escritura; ele põe como isca no seu anzol os versículos da Bíblia. Pessoas freqüentemente aceitam qualquer ensinamento, se está acompanhado por um bocado de versículos. Mas cuidado! O mesmo diabo que pode disfarçar-se como um anjo celestial (2 Coríntios 11:13-15) pode, certamente, deturpar as Escrituras para seus próprios propósitos. O diabo fez três enganos: Primeiro, não tomou todas as Escrituras. Jesus replicou com: "Também está escrito". A verdade é a soma de tudo o que Deus diz; por isso precisamos estudar todos os ensinamentos das Escrituras a respeito de um determinado assunto para conhecer verdadeiramente a vontade de Deus. Segundo, ele tomou a passagem fora do contexto. O Salmo 91, no contexto, conforta o homem que confia e depende do Senhor; ao homem que sente necessidade de testar o Senhor nada é prometido aqui. Terceiro, Satanás usou uma passagem figurada literalmente. No contexto, o ponto não era uma proteção física, mas uma espiritual. 2. Satanás é versátil. Jesus venceu em uma área, então o diabo se mudou para outra. Temos que estar sempre em guarda (1 Pedro 5:8). 3. A confiança não experimenta, não continua pondo condições ao nosso serviço a Deus, e não continua exigindo mais prova. Em vista da abundante evidência que Deus apresentou, é perverso pedir a Deus para fazer algo mais para dar prova de si.
Terceira TentaçãoA afirmação do diabo: "Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou- lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares" (4:8-9). Que tentação! O diabo deslumbrava com a torturante possibilidade de reinar sobre todos os reinos do mundo.
As questões: A questão aqui não era tanto a de Jesus tornar-se um rei (Deus já lhe tinha prometido isso Salmo 2:7-9; Gênesis 49:10), mas de como e quando. O Senhor prometeu o reinado ao Filho depois de seu sofrimento (Hebreus 2:9). O diabo ofereceu um atalho: a coroa sem a cruz. Era um compromisso. Ele poderia governar todos os reinos do mundo e entregá-los ao Pai. Mas, no processo, o reino se tornaria impuro. Então as questões são: Como Jesus se tornaria rei? Você pode usar um meio errado e, no fim, conseguir fazer o bem?
A resposta de Jesus: "Retira-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto"(4:10). Nada é bom se é errado, se viola as Escrituras.
Lições: 1. Satanás paga o que for necessário. O diabo ofereceu tudo para "comprar" Jesus. Se houver um preço pelo qual você desobedecerá a Deus, pode esperar que o diabo virá pagá-lo. (Leia Mateus 16:26). 2. O diabo oferece atalhos. Ele oferece o mais fácil, o mais decisivo caminho ao poder e à vitória. Jesus recusou o atalho; Ele ganharia os reinos pelo modo que o Pai tinha determinado. Hoje Satanás tenta as igrejas a usar atalhos para ganhar poder e converter pessoas. O caminho de Deus é converter ensinando o evangelho (Romanos 1:16). Exatamente como ele tentou Jesus para corromper sua missão e ganhar poder através de meios carnais, assim ele tenta nestes dias. 3. O diabo oferece compromissos por bons propósitos. Ele testa a profundeza de nossa pureza. Ele nos tenta a usar erradamente as Escrituras para apoiar um bom ponto ou dizer uma mentira de modo a atingir um bom resultado. Nunca é certo fazer o que é errado.
ConclusãoNesta batalha entre os dois leões (1 Pedro 5:8; Apocalipse 5:5), Jesus ganhou uma vitória decisiva. E ele fez isso do mesmo modo que nós temos que fazer. Confiou em Deus (1 João 5:4; Efésios 6:16). Usou as Escrituras (1 João 2:14; Colossenses 3:16). Resistiu ao diabo (Tiago 4:7; 1 Pedro 5:9). O ponto crucial é este: Jesus nunca fez o que ele sabia que não era certo. Que Deus nos ajude a seguir seus passos (1 Pedro 2:21).

Por: Gary Fisher

04 julho 2012

Quando Tudo Dá Errado: O exemplo de Jó

Imagine um dia que começa como qualquer outro. Você se levanta para ir ao serviço e, chegando na firma, encontra as portas lacradas. A firma fechou, sem aviso. Você, inesperadamente, ficou desempregado. Tendo obrigações para cumprir, você decide ir ao banco para sacar dinheiro e pagar algumas contas que estão vencendo. Mas, chegando ao banco, eles dizem que sua conta foi fechada, sem explicação, e que você não tem nenhum centavo. O dia já está piorando. Você resolve voltar para casa, ainda tentando entender o que está acontecendo. Chegando perto de sua rua, você percebe vários bombeiros e ambulâncias correndo por todos os lados. Suas vizinhas estão na rua, chorando inconsolavelmente. Antes de você chegar até sua casa, um dos vizinhos chama você e fala palavras que jamais esquecerá: "Aconteceu tão rápido", ele diz, "que não foi possível salvar ninguém. A casa, de repente, explodiu. Todos que estavam dentro morreram. Eu sinto muito. Todos os seus filhos estão mortos."
Alguns dias passam. Você acorda num lugar estranho. Olhando para seu redor, percebe que está num hospital. Você está sentindo dores terríveis, e uma coceira constante. Depois de algumas horas de sofrimento, a enfermeira avisa que está na hora de visita. No seu caso, várias pessoas serão permitidas entrar para visitá-lo. A primeira pessoa que entra no quarto é sua esposa. Precisando muito de uma palavra de consolo e de explicação, você olha para ela com tanta esperança, nunca imaginando o que ela vai falar. Ela chega perto da sua cama e começa a gritar: "Eu não entendo a sua atitude", ela diz. "Sua fé não vale nada. Você confia num Deus que fez tudo isso? Amaldiçoe o nome de Deus e morra!" Com essas palavras, ela sai do quarto.

Enquanto você procura entender tudo isso, chegam alguns amigos seus. São velhos amigos, sempre prontos para ajudar. Agora será consolado! Mas, eles entram no quarto, vêem seu estado crítico e seu corpo desfigurado pela doença, e não falam nada. Ficam com a boca aberta, olhando, mas não acreditam. Depois de um longo período de silêncio, um deles fala: "Você mereceu isso. Você deve ter feito alguma maldade muito grande, e Deus está te castigando. Ele tirou todos os seu bens e matou seus filhos. Ele causou esta sua doença. Ele fez tudo isso porque você é mau!" Você começa discutir quando um dos outros concorda com o primeiro, e depois outro também concorda com eles. Não adianta discutir. Para eles, você é um detestável pecador que deve sofrer mais ainda.

De repente, algumas crianças passam no corredor. Você se anima, porque crianças sempre trazem alegria e amor. Mas, estas crianças param na porta, vêem a feiura do seu rosto e corpo, e saem correndo. "Nunca vi nada tão feio", uma delas comenta.

Tudo ficção? Jamais aconteceria uma coisa tão terrível? Modifiquei os detalhes para ajudar você, o leitor moderno, sentir na pele o que aconteceu na vida de Jó. O livro de Jó é, possivelmente, o primeiro livro bíblico escrito. Um homem fiel e abençoado por Deus perdeu, num dia só, todas as suas posses e todos os seus filhos. Logo depois, foi atacado por uma terrível enfermidade. A própria esposa foi contra este homem de Deus, e disse: "Amaldiçoa a Deus e morre" (Jó 2:9). Os amigos o condenaram e discutiram com ele para provar a sua culpa (a maior parte do livro relata essas discussões, começando no 2:11 e continuando até 37:24). Todos os conhecidos dele, até as crianças, o desprezaram (19:13-19).

O livro de Jó trata de um dos assuntos mais difíceis na experiência humana: como entender e lidar com o sofrimento. É um livro rico e cativante que todos os servos de Deus precisam estudar. Um dia, mais cedo ou mais tarde, ele será útil na sua vida. Neste artigo, vamos considerar algumas lições claras e importantes desse livro.

Pessoas boas sofrem
Talvez o ponto principal do livro é o simples fato que pessoas fiéis a Deus ainda sofrem nesta vida. O primeiro versículo do livro já define, do ponto de vista de Deus (veja, também, Jó 1:8) o caráter de Jó: "Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal." Enquanto entendemos que o sofrimento entrou no mundo por causa do pecado (Gênesis 3:16-19), aprendemos em vários trechos bíblicos que a dor e a tristeza atingem as pessoas boas e dedicadas. Jó, um homem íntegro, sofreu imensamente. Paulo, um servo dedicado ao Senhor, sofreu muito mais do que a grande maioria dos ímpios (2 Coríntios 11:23-27). Mesmo quando ele pediu a Deus, querendo alívio de algum problema, Deus recusou seu pedido (2 Coríntios 12:7-9). Mas, não devemos estranhar com isso, pois o próprio Filho de Deus sofreu na carne (Hebreus 2:9-10,18). Os que servem a ele sofrem, também.

O diabo quer nos derrubar com nosso sofrimento
O propósito de Satanás fica bem claro nos primeiros dois capítulos de Jó. Ele vê o sofrimento como uma grande oportunidade para derrubar a fé dos servos de Deus. Ele aceitou o desafio de tentar destruir a fé de um dos homens mais idôneos do mundo. Depois, ele foi tão ousado que desafiou o próprio Jesus, usando todas as tentações imagináveis para o vencer (Mateus 4:1-11). O diabo entende muito sobre a natureza humana. Ele sabe que pessoas que servem a Deus fielmente quando tudo vai bem na vida podem ser tentadas por meio de alguma calamidade pessoal. Problemas financeiros, a morte de um ente querido, alguma doença grave -- tais sofrimentos na vida são, freqüentemente, o motivo de abandonar a Cristo. Enquanto a mulher de Jó não prevaleceu na vida do próprio marido, o conselho dela (Jó 2:9) vem derrubando a fé de muitas outras pessoas que enfrentam dificuldades na vida. Jó não sabia a fonte de seu sofrimento (capítulos 1 e 2 contam a história para nós, mas ele não sabia de tudo que estava acontecendo entre Deus e Satanás). Às vezes, nós não temos noção da fonte das nossas dificuldades. Mas, podemos ter certeza que o diabo está torcendo para que tropecemos e afastemos de Deus.

Amigos nem sempre ajudam

Três amigos de Jó ficaram sabendo de seu sofrimento, "e combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo" (Jó 2:11). Mas as palavras deles não ajudaram. Ofereceram explicações baseadas nas opiniões deles, e não na verdade que vem de Deus. Onde Deus não tinha falado, eles ousaram de falar. O resultado não foi consolo e ajuda, e sim perturbação e desânimo. A mesma coisa acontece hoje. Quando alguém sofre de um problema de saúde, outras pessoas tendem falar sobre algum caso triste de alguém que teve a mesma doença e morreu. Quando uma pessoa amada morre, muitas pessoas procuram confortar a família com palavras insensatas e até mentirosas. É melhor falar umas poucas palavras com compaixão do que falar muito e entristecer a pessoa mais ainda. Quando sofremos perda, é melhor procurar conselho na palavra de Deus e da boca de pessoas que a conhecem e que vivem segundo a vontade do Senhor.

Deus não explica tudo

Quando sofremos, é natural perguntar: "Por quê?". Jó fez isso (Jó 3:24). Habacuque fez a mesma coisa (Habacuque 1:3). Milhões de outras pessoas têm feito a mesma pergunta. É interessante e importante observar que Deus não responde a todas as nossas perguntas. Pode ler o livro de Jó do começo ao fim, e não encontrará uma resposta completa de Deus à pergunta do sofredor. Durante a boa parte da história, Deus deixou Jó e seus amigos a ponderar o problema. Quando o Senhor falou no fim do livro, ele não explicou o porquê. A partir do capítulo 38, Deus afrima que o homem, como mera criatura, não é capaz de entender muitas das coisas de Deus, e não é digno de questionar a sabedoria divina. Jó entendeu a correção de Deus, e respondeu humildemente:"Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei" (Jó 40:4-5). Jó pediu desculpas a Deus por ter duvidado da justiça e da bondade do Criador: "Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia....Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza" (Jó 42:3,6).

Depois do sofrimento, vêm as bênçãos

O sofrimento desta vida é temporário. O sofrimento de Jó foi intenso, mas não durou para sempre. É bem provável que ele lembrou, durante o resto da vida, daquelas experiências doloridas. Mas a crise passou, e a vida continuou. Deus restaurou as posses dele em porções dobradas. A mesma coisa acontece conosco. Enfrentamos alguns dias muito difíceis, mas as tempestades passam e a vida continua. Vivendo na época da nova aliança de Cristo, nós temos uma grande vantagem. Temos uma esperança bem definida de uma recompensa eterna no céu (Hebreus 11:13-16,39-40; 12:1-3; 13:14). Qualquer sofrimento é pequeno quando o colocamos no contexto da eternidade.

Fiéis no sofrimento

Nós vamos sofrer nesta vida. Pessoas que dizem que os filhos de Deus não sofrem são falsos mestres que ou não conhecem ou não aceitam a palavra do Senhor. Jó perdeu tudo. Jeremias foi preso. João Batista foi decapitado. Jesus foi crucificado. Estêvão foi apedrejado. Paulo sofreu naufrágio e prisões. Você, também, vai sofrer. Os problemas da vida não sugerem falta de fé, e não são provas de algum terrível pecado na sua vida. Às vezes, as provações vêm como disciplina de Deus (Hebreus 12:6-13); às vezes, não. Mas sempre são oportunidades para crescer (Tiago 1:2-4), e convites para adorar a Deus (Tiago 5:13; Jó 1:20).

Por: Dennis Allan